domingo, 29 de maio de 2016

OS INCRÍVEIS MOTORES V6 DA F1


MOTORES V6 TURBO, ALCANÇARAM OS V10


   Quem nunca ouviu e leu um fã engessado em relação aos atuais propulsores híbridos da F1 declamar: “Que saudade eu tenho dos V10″? Uma nostalgia natural, até certo ponto. Alguns fanáticos acostumados a apreciar mais o que ficou no passado do que aquilo que temos no presente, é fato que os antigos 10-cilindros de 3 litros proporcionavam um entretenimento mais cativante, devido ao berro de fazer arrepiar qualquer um apaixonados pelo esporte a motor.


   Até aí não há nada demais. O ruim é quando se usa o ronco ou a capacidade cúbica do V6 de 1,6 litro como base para criar aos descrédulos. Alguns entusiastas do esporte a motor estavam subestimando a potência e, principalmente, a capacidade de desenvolvimento da tecnologia.
   Pouco depois da abertura da temporada 2016, em Melbourne, podemos enfim dar uma informação importante: a usina preparada pela Mercedes para este ano já ultrapassou os 930 cv gerados pelo V10 fabricado em 2005. Quem afirma isso é a própria escuderia. “Este é o motor mais forte que já fizemos em nossa história na F1″, declarou a assessoria da Mercedes-AMG F1. 
  Isso se soma a mais de 45% de eficiência termodinâmica [índice que mede o quanto da energia gerada é de fato aproveitada para o trabalho da máquina], um dos valores mais altos já alcançados por qualquer propulsor a combustão feito no mundo. E vamos seguir evoluindo.

   Mas dá para estimar que esteja em torno de 940 cv e 50 kgfm de torque (os antigos V10 geravam pouco mais de 40 kgfm). A julgar pela velocidade de desenvolvimento dos dois últimos anos (o índice subiu de 760 para 915 cv num período de dois anos, mesmo com a restrição do sistema de tokens, agora inexistente), é possível apostar que, ainda este ano, a F1 voltará a alcançar os tão sonhados 1.000 cv, algo só visto em meados dos anos 80. Para quem defendia a substituição das usinas em 2017, um tapa com luva de pelica: chegaremos ao número cabalístico antes mesmo de viabilizar a possível troca. Neste cenário entra a dúvida: mudar agora para quê?
  Para comparação, veja abaixo um vídeo comparando simultaneamente três voltas rápidas em Suzuka, a bordo de carros das eras V10 (Michael Schumacher em 2004), V8 (Sebastian Vettel em 2011) e V6 híbrida (Nico Rosberg em 2015). Apesar das restrições aerodinâmicas, do peso maior e das diferenças nos pneus, os v6 já se mostravam promissores.

fonte:flatout.com

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