CARROS EM SÉRIES NAS PISTAS DE ALTO DESEMPENHO
A National Association for Stock Car Auto Racing ou NASCAR é uma associação automobilística norte-americana que controla os campeonatos de stock car do país e atualmente representa o esporte a motor mais comercial. Atualmente concorrem no campeonatos, as marcas Ford (com Ford Fusion, na Sprint Cup e, Ford Mustang, na Xfinity), a Chevrolet (com o Chevrolet SS, na Sprint Cup e, Xfinity Series, com o Camaro), a Toyota (com o Toyota Camry em ambos). Ainda, há de se lembrar que a Pontiac e Dodge também participavam da competição, no entanto, estas declinaram após registrarem desempenho pouco satisfatórios.
A NASCAR se caracteriza pelo fato de ser executada em circuitos ovais e os carros utilizados nas competições são carros de série, ou seja, carros cuja silhueta é de um carro que saiu da fábrica. No presente momento, carros são fabricados por especialistas com base em perfis e especificações detalhadas pela NASCAR, os motores são fornecidos pela Toyota, Ford e Chevrolet, garantindo um nível constante de concorrência para todos os participantes.
Fundação e primeiras décadas
Em meados da década de 1920, Daytona Beach foi um lugar de grandes corridas de stock cars, nos Estados Unidos, essas corridas consistiam no uso de carros originais sem nenhum tipo de modificação para corridas. Com base nisso, a NASCAR foi fundada em 21 de fevereiro de 1948, por William France e Ed Otto, em que o primeiro já organizava corridas que envolviam carros normais de passeio modificados, em busca de maior potência e velocidade. A criação da associação foi necessária para padronizar as regras buscando um crescimento desse tipo de competição.
A primeira disputada da NASCAR se deu no circuito de terra do Charlotte Speedway, na Carolina do Norte, no dia 19 de Junho de 1949, em que foram competidas 8 etapas denominada de Strictly Stock, apenas com carros originais de fábrica, logo sem modificações.
Década de 1950
No segundo ano do evento, a categoria passou a se chamar Grand National e durante a década de 1950, foram permitidos modificações nos carros que trouxessem performance e segurança.
Nesses primórdios da NASCAR, os circuitos possuíam uma extensão variando entre 800 e 1600 metros, a exceção ficava para o circuito de Darlington construído em 1950 com 2200 metros, sendo na época o mais rápidos dentre os utilizados. Quase todas as etapas eram realizadas no sudeste americano por causa dos altos custos de transporte dos carros por longas distâncias na época.
Década de 1960
Já em 1960, na Daytona 500, houve uma colisão entre 37 dos 68 carros que estavam na prova, logo na primeira, capotamentos ocorrem após batidas em outros carros ou subidas de ré (isso ocorreu com um carro dos anos 1940 que bateu em outro carro do mesma época), até hoje é considerado um dos maiores acidentes da história do automobilismo, junto com a tragédia de Le Mans em 1955, após esse ano a NASCAR começou a fazer modificações na categoria afim de proporcionar maior segurança. A partir disso, os carros passaram a ser construídos especificamente para as corridas.
Montadoras viram na NASCAR, a possibilidade de fazer grandes negócios e impulsionar suas vendas, devido ao fato das atenções para o esporte começarem a crescer e passaram a utilizar a categoria para promover a venda de seus carros, dentre as empresas estavam a Ford, a Chevrolet e a Chrysler que ajudavam nos custos das equipes participantes. E, com isso, muitas equipes e pilotos passaram a viver inteiramente do automobilismo.
Década de 1970
Nesse período, a NASCAR passou a realizar grandes mudanças em sua estrutura com o patrocínio da empresa de tabaco RJR mudando o nome da sua principal divisão para Winston Cup. Houveram mudanças no sistema de pontuação e maior premiação aos pilotos e equipes. Algumas provas passaram a ser parcialmente transmitidas por programas esportivos da rede ABC, dando início à era moderna da NASCAR.
Foi nesta década que houve a primeira transmissão de uma prova completa, ao vivo, que ocorreu em 1979 nas 500 milhas de Daytona, transmitida pela CBS, essa prova em seu final ocasionou uma briga entre pilotos que se envolveram em um acidente. Esses fatos criaram uma aura de drama e emoção em torno da NASCAR aumentando sua procura tanto por espectadores e anunciantes.
Década de 1980
Desde o início da NASCAR já havia uma competição paralela disputada em circuitos menores, que ganhou força em 1982 e passou a ser denominada Busch Series, que é considerada a segunda divisão da stock car americana. (nascar.com, 2016).
Década de 1990
No ano de 1995 foi criada uma divisão especial com caminhões pick-ups e regras diferenciadas das outras duas divisões que foi chamada de Craftsman Truck Series. Além destas 3 divisões nacionais, a NASCAR possui diversas divisões regionais no território norte-americano.
Década de 2000
A NASCAR é organizada em três grandes divisões nacionais, sendo as principais: a Sprint Cup Series, a Xfinity Series e a Camping World Truck Series, entre outras divisões regionais.
Atualmente, a NASCAR está sediada na cidade de Charlotte, onde também se localiza a pista de NASCAR norte-americana, o Charlotte Motor Speedway, sendo uma das provas do Chase.
Principais Categorias da NASCAR:
Sprint Cup
É o atual nome da principal divisão da NASCAR, que já foi denominada Strictly Stock, Grand National, Winston Cup e Nextel Cup.
Na década de 1950 a divisão principal e ainda única divisão da NASCAR passou a se chamar Grand National, que mais tarde adotou uma nova divisão, a Busch Series. A partir de 1972 com o patrocínio de uma indústria tabagista, a categoria recebeu o nome de Winston Cup sendo chamada assim até 2003. Com a inserção da companhia telefônica Nextel, passou a se chamar Nextel Cup e contando com 36 provas em seu calendário, logo no ano seguinte. Mas é em 2008 com a venda empresa de telefonia, que passou a se chamar Sprint Cup, no entanto sem alterações para além do nome.
A entrada da Nextel na Nascar trouxe novas regras sendo a principal a adoção de uma espécie de playoffs na parte final do campeonato, chamados de Chase for the Cup, ocorrem nas últimas etapas do campeonato equilibrando a disputa pelo título. Até 2006 os classificados para a Chase eram todos os pilotos que estivessem até a décima posição da temporada regular acrescentando todos que estivessem a pelo menos 400 pontos do líder. Na disputa do Chase os pontos dos classificados eram remanejados deixando o líder do campeonato com 5050 pontos e diminuindo 5 pontos para cada um dos seguintes colocados. Os pilotos que não conseguiam a classificação manteriam os seus pontos e seguiriam normalmente no campeonato (Autosport, 2012).
Em 2007, as regras da Chase foram alteradas. Todos os pilotos teriam seus pontos remanejados para 5000, acrescentando 10 pontos para cada vitória que cada piloto teve nas corridas antecedentes a Chase. Essa nova regra não influi diretamente na corrida continuando a ser disputada por todos os pilotos inscritos (Autosport, 2012).
Na pontuação todos os participantes de uma corrida ganham pontos pela sua posição final além de bônus. O 1° colocado ganha 43 pontos mais 3 pontos de bonificação pela vitória, Todos pilotos que liderarem ao menos uma volta também recebem 1(um) ponto de Bonificação e o Piloto que liderar o maior número de voltas em uma Etapa recebe outro ponto de Bonificação. Os pilotos participantes de cada prova ganham pontos de acordo com sua posição final na corrida. São dados como bônus, 3 pontos para o vencedor da corrida, 1 ponto para todos os pilotos que tiverem liderado pelo menos uma volta e mais 1 ponto para aquele que liderar o maior número de voltas na liderança (Autosport, 2012).
As montadoras participam de um sistema de pontuação diferente de forma a manter um equilíbrio entre as montadoras e os números de carros dos quais dispõem. A montadora vencedora da prova recebe 9 pontos, a segunda melhor montadora recebe 6 pontos, a terceira ganha 4 pontos e a quarta (quando houver) ganha 3 pontos. Já todos os pilotos que estão estreando na divisão disputam paralelamente uma pontuação para a definição do novato do ano. São considerados os 17 melhores resultados na temporada e uma pontuação em relação aos outros novatos.
Provas:
Daytona 500 - Criada para rivalizar com as 500 milhas de Indianápolis, é a principal prova da Nextel Cup distribuindo uma premiação de mais de 1 milhão de dólares para o vencedor.
All-Star Challenge - Disputada durante a temporada, não valendo pontos.
Coca-Cola 600 – É a prova mais longa, com 600 milhas de extensão realizada no Lowe's Motor Speedway e sempre ocorrendo no dia da memória americana.
NASCAR Xfinity Series
É uma das divisões da categoria, sendo considerada como a segunda divisão por ser muito utilizada por equipes que visam testar e amadurecer pilotos a fim de alcançar a Sprint Cup: divisão principal. Até o final de 2014 a categoria era chamada de Nationwide Series
A NASCAR Xfinity Series surgiu na metade do século XX junto com a fundação da própria NASCAR, no entanto, apenas no ano de 1982 passou a ser disputada com a alcunha de Nascar Grand National. Posteriormente passou a ser denominada Busch Series dado o patrocínio da empresa Anheuser-Busch (Dona da Budweiser), se manteve com o nome de Busch Grand National Series até 2003.
Os carros utilizados na categoria são similares aos da NASCAR Sprint Cup Series, porém menos potentes. Já a pontuação na Xfinity é a mesma usada na Sprint Cup (do 1° ao 40°). Os pilotos participantes de cada prova ganham pontos de acordo com sua posição final na corrida. São dados como bônus, 3 pontos para o vencedor da corrida, 1 ponto para todos os pilotos que tiverem liderado pelo menos uma volta e mais 1 ponto para aquele que liderar o maior número de voltas na liderança.
Em 2012, Nelson Angelo Piquet entrou para a história ao se tornar o primeiro brasileiro a vencer a Nationwide Series, ao chegar em primeiro lugar na etapa de Sargento 200 em Road America, Winsconsin/EUA. Um dia antes, Piquet foi o primeiro brasileiro a marcar uma pole position na categoria americana. Sua participação, no entanto, foi especial e ele não pontuou pelo campeonato.
Camping World Truck Series
É uma divisão da NASCAR que utiliza caminhões pick-ups, foi oficialmente criada em 1995, porém já havia sido apresentada ao público de forma demonstrativa, no ano anterior.
As regras visam, desde o surgimento da categoria, um custo baixo para a categoria. Inicialmente os pit-stops não eram feitos durante a prova, mas sim durante um período de 10 minutos que a prova ficava interrompida. Essa regra foi também implementada por haver vários circuitos que não possuíam uma grande área de pits, que foram limitados a 2 ou 3 dependendo da pista. Em 1997, a troca de pneus foi banida, sendo permitido apenas o reabastecimento, porém nos anos seguintes foram sendo permitidos as trocas de 2 pneus e depois de 4 pneus. Atualmente, a troca está limitada ao número de conjuntos de pneus utilizados por etapa.
A pontuação na Truck Series é a mesma usada na Sprint Cup e na Xfinity Series, porém com 8 carros a menos, na Truck vai do (do 1° ao 32°), enquanto na Cup e na Xfinity vai do (1º ao 40). Os pilotos participantes de cada prova ganham pontos de acordo com sua posição final na corrida.
Este segmento utiliza vários circuitos nos Estados Unidos que são utilizados por outras competições como a IRL e também pelas outras divisões. Porém, as provas são mais curtas, com cerca de 150 e 250 milhas de extensão.
Os brasileiros Miguel Paludo e Nelson Piquet Jr., já correram nesta divisão.
Fontes: Nascar.com / Autosport / Wikipedia /
Sprint Cup
É o atual nome da principal divisão da NASCAR, que já foi denominada Strictly Stock, Grand National, Winston Cup e Nextel Cup.
Na década de 1950 a divisão principal e ainda única divisão da NASCAR passou a se chamar Grand National, que mais tarde adotou uma nova divisão, a Busch Series. A partir de 1972 com o patrocínio de uma indústria tabagista, a categoria recebeu o nome de Winston Cup sendo chamada assim até 2003. Com a inserção da companhia telefônica Nextel, passou a se chamar Nextel Cup e contando com 36 provas em seu calendário, logo no ano seguinte. Mas é em 2008 com a venda empresa de telefonia, que passou a se chamar Sprint Cup, no entanto sem alterações para além do nome.
A entrada da Nextel na Nascar trouxe novas regras sendo a principal a adoção de uma espécie de playoffs na parte final do campeonato, chamados de Chase for the Cup, ocorrem nas últimas etapas do campeonato equilibrando a disputa pelo título. Até 2006 os classificados para a Chase eram todos os pilotos que estivessem até a décima posição da temporada regular acrescentando todos que estivessem a pelo menos 400 pontos do líder. Na disputa do Chase os pontos dos classificados eram remanejados deixando o líder do campeonato com 5050 pontos e diminuindo 5 pontos para cada um dos seguintes colocados. Os pilotos que não conseguiam a classificação manteriam os seus pontos e seguiriam normalmente no campeonato (Autosport, 2012).
Em 2007, as regras da Chase foram alteradas. Todos os pilotos teriam seus pontos remanejados para 5000, acrescentando 10 pontos para cada vitória que cada piloto teve nas corridas antecedentes a Chase. Essa nova regra não influi diretamente na corrida continuando a ser disputada por todos os pilotos inscritos (Autosport, 2012).
Na pontuação todos os participantes de uma corrida ganham pontos pela sua posição final além de bônus. O 1° colocado ganha 43 pontos mais 3 pontos de bonificação pela vitória, Todos pilotos que liderarem ao menos uma volta também recebem 1(um) ponto de Bonificação e o Piloto que liderar o maior número de voltas em uma Etapa recebe outro ponto de Bonificação. Os pilotos participantes de cada prova ganham pontos de acordo com sua posição final na corrida. São dados como bônus, 3 pontos para o vencedor da corrida, 1 ponto para todos os pilotos que tiverem liderado pelo menos uma volta e mais 1 ponto para aquele que liderar o maior número de voltas na liderança (Autosport, 2012).
As montadoras participam de um sistema de pontuação diferente de forma a manter um equilíbrio entre as montadoras e os números de carros dos quais dispõem. A montadora vencedora da prova recebe 9 pontos, a segunda melhor montadora recebe 6 pontos, a terceira ganha 4 pontos e a quarta (quando houver) ganha 3 pontos. Já todos os pilotos que estão estreando na divisão disputam paralelamente uma pontuação para a definição do novato do ano. São considerados os 17 melhores resultados na temporada e uma pontuação em relação aos outros novatos.
Provas:
Daytona 500 - Criada para rivalizar com as 500 milhas de Indianápolis, é a principal prova da Nextel Cup distribuindo uma premiação de mais de 1 milhão de dólares para o vencedor.
All-Star Challenge - Disputada durante a temporada, não valendo pontos.
Coca-Cola 600 – É a prova mais longa, com 600 milhas de extensão realizada no Lowe's Motor Speedway e sempre ocorrendo no dia da memória americana.
NASCAR Xfinity Series
É uma das divisões da categoria, sendo considerada como a segunda divisão por ser muito utilizada por equipes que visam testar e amadurecer pilotos a fim de alcançar a Sprint Cup: divisão principal. Até o final de 2014 a categoria era chamada de Nationwide Series
A NASCAR Xfinity Series surgiu na metade do século XX junto com a fundação da própria NASCAR, no entanto, apenas no ano de 1982 passou a ser disputada com a alcunha de Nascar Grand National. Posteriormente passou a ser denominada Busch Series dado o patrocínio da empresa Anheuser-Busch (Dona da Budweiser), se manteve com o nome de Busch Grand National Series até 2003.
Os carros utilizados na categoria são similares aos da NASCAR Sprint Cup Series, porém menos potentes. Já a pontuação na Xfinity é a mesma usada na Sprint Cup (do 1° ao 40°). Os pilotos participantes de cada prova ganham pontos de acordo com sua posição final na corrida. São dados como bônus, 3 pontos para o vencedor da corrida, 1 ponto para todos os pilotos que tiverem liderado pelo menos uma volta e mais 1 ponto para aquele que liderar o maior número de voltas na liderança.
Em 2012, Nelson Angelo Piquet entrou para a história ao se tornar o primeiro brasileiro a vencer a Nationwide Series, ao chegar em primeiro lugar na etapa de Sargento 200 em Road America, Winsconsin/EUA. Um dia antes, Piquet foi o primeiro brasileiro a marcar uma pole position na categoria americana. Sua participação, no entanto, foi especial e ele não pontuou pelo campeonato.
Camping World Truck Series
É uma divisão da NASCAR que utiliza caminhões pick-ups, foi oficialmente criada em 1995, porém já havia sido apresentada ao público de forma demonstrativa, no ano anterior.
As regras visam, desde o surgimento da categoria, um custo baixo para a categoria. Inicialmente os pit-stops não eram feitos durante a prova, mas sim durante um período de 10 minutos que a prova ficava interrompida. Essa regra foi também implementada por haver vários circuitos que não possuíam uma grande área de pits, que foram limitados a 2 ou 3 dependendo da pista. Em 1997, a troca de pneus foi banida, sendo permitido apenas o reabastecimento, porém nos anos seguintes foram sendo permitidos as trocas de 2 pneus e depois de 4 pneus. Atualmente, a troca está limitada ao número de conjuntos de pneus utilizados por etapa.
A pontuação na Truck Series é a mesma usada na Sprint Cup e na Xfinity Series, porém com 8 carros a menos, na Truck vai do (do 1° ao 32°), enquanto na Cup e na Xfinity vai do (1º ao 40). Os pilotos participantes de cada prova ganham pontos de acordo com sua posição final na corrida.
Este segmento utiliza vários circuitos nos Estados Unidos que são utilizados por outras competições como a IRL e também pelas outras divisões. Porém, as provas são mais curtas, com cerca de 150 e 250 milhas de extensão.
Os brasileiros Miguel Paludo e Nelson Piquet Jr., já correram nesta divisão.
Fontes: Nascar.com / Autosport / Wikipedia /
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